Pós-operatório

Curativos 

Curativos são materiais aplicados diretamente sobre as incisões cirúrgicas para protegê-las. As trocas de curativo e a retirada de pontos são realizadas nas consultas de retorno.

Banho

Em geral, pode-se tomar banho de chuveiro no dia seguinte à cirurgia. Banhos longos e muito quentes podem provocar mal-estar, por isso, prefira banhos curtos em temperaturas amenas. Banhos de imersão (banheiras) não são recomendados. Nos primeiros banhos, leve um banquinho para o chuveiro e tenha a companhia de um familiar ou auxiliar, caso tenha alguma tontura ou desconforto.

Malha cirúrgica e meia antitrombo

Recomenda-se o uso de malhas cirúrgicas nos primeiros 30 a 45 dias, podendo eventualmente ser estendido por até 2 a 3 meses, de acordo com o tipo de cirurgia realizada e a evolução pós-cirúrgica. 

O uso da meia antitrombo inicia-se na cirurgia e deve ser mantida nos primeiros 7 dias de pós-operatório. A compressão elástica evita que o sangue fique “parado”, prevenindo a formação de trombos nas veias do paciente.

Atividades físicas

É necessário aguardar a liberação médica para retomar a prática de atividades físicas. Atividade física leve como fisioterapia e alongamento já pode ser iniciada 7 a 10 dias após a cirurgia. 

Exercício físico de baixa intensidade pode ser realizado em 30 a 45 dias; e atividades de médio e alto impacto, em 45 a 60 dias. É importante lembrar que o retorno a qualquer atividade física exige um treino de adaptação de intensidade gradual e progressiva.

Exposição solar

Recomenda-se evitar exposição direta ao sol, preferencialmente, nos primeiros 3 meses de pós-operatório pelo risco de hiperpigmentação (escurecimento) das cicatrizes.

Alimentação e suplementação nutricional 

Pacientes que vão realizar cirurgias maiores podem se beneficiar de um suporte nutricional específico para acelerar sua recuperação, reduzir o risco de complicações e melhorar a cicatrização. 

A suplementação ideal deve ser rica em proteínas e incluir aminoácidos como a arginina, ácidos graxos ômega-3 e nucleotídeos, que são as moléculas que formam o DNA e o RNA presentes em todas as células do nosso organismo.

Existem no mercado suplementos prontos que contém todos esses nutrientes, como o IMPACTⓇ. Evidências científicas mostram que tomar IMPACTⓇ tem um efeito benéfico, modulando a resposta inflamatória, metabólica e imunológica pós-operatória. 

A necessidade de uso de IMPACTⓇ deve ser avaliada pelo médico levando em conta o risco nutricional do paciente e o porte cirúrgico. Quando indicado, o paciente deve iniciar o uso cinco dias antes da cirurgia.

Drenos

Drenos são dispositivos usados para evitar o acúmulo de líquidos na região operada. Eles podem ser utilizados em abdominoplastias, alguns tipos de cirurgia mamária, lifting facial, correção de ginecomastia e outras cirurgias.

O dreno é formado por um tubo que fica inserido na região operada e que se conecta a um recipiente coletor em forma de pêra ou sanfonado. Por meio de um mecanismo de sucção à vácuo, o dreno aspira de forma ativa e contínua as secreções acumuladas no leito cirúrgico.

No pós-operatório, o volume drenado diminui ao longo dos dias. A coloração do líquido que se acumula no recipiente muda gradativamente, passando de um vermelho brilhante, para róseo e amarelado. Em geral, drenos são retirados quando o volume acumulado em 24 horas for menor que 20 a 40ml.

Deve-se esvaziar o dreno duas vezes ao dia, preferencialmente nos mesmos horários; quantificar o volume retirado com uma seringa descartável e anotar diariamente o aspecto e quantidade de líquido drenado. Seguir essa rotina diária é muito importante, pois é com base nessas informações que o cirurgião determinará quando o dreno poderá ser removido em consultório.

Para saber manejar corretamente um dreno, siga este passo-a-passo:

1. Higienize as mãos com água e sabão.
2. Feche a presilha/clamp de fechamento localizada na extensão do dreno sanfonado. (Drenos em formato de pera não possuem essa presilha.)
3. Abra a tampa do coletor do dreno e observe que ocorrerá uma expansão do recipiente, devido à entrada de ar.
4. Esvazie o conteúdo em um recipiente graduado (em ml) ou um copo plástico descartável. Se utilizar um copo, utilize uma seringa de 20ml para quantificar o volume de líquido. Não utilize a escala graduada do próprio coletor, pois ela é muito imprecisa. Após a medição, despreze o conteúdo.
5. Refaça o vácuo: aperte o coletor retirando todo o ar e feche a tampa do frasco coletor
6. Para drenos sanfonados, não se esqueça de abrir a presilha/clamp para que a drenagem recomece.

Cuidados com o dreno

1. Mantenha-o sempre à vista, preso à sua cintura ou colocado dentro de uma bolsa própria, em uma posição abaixo do seu local de saída na pele.
2. Evite tracionar o dreno para que ele não saia do local adequado. Fique atento à movimentos bruscos e ao mudar de posição, para que o dreno se desprenda acidentalmente.
3. Não dobre o tubo do dreno.
4. Use roupas largas, preferencialmente com abertura na frente que facilitem a vestimenta enquanto estiver com o dreno.
5. Nunca lave o dreno por dentro nem desconecte o tubo de sucção do frasco coletor.

Caso o dreno desconecte-se acidentalmente do reservatório, faça o seguinte:

1. Feche a presilha/clamp, caso seja um dreno sanfonado.
2. Lave as mãos.
3. Limpe com álcool as partes do dreno que se soltaram e reconecte-as.
4. Retire o ar do reservatório e feche a tampa do frasco coletor.
5. Abra a presilha/clamp, se houver.

Se o dreno sair sozinho da pele, faça um curativo cobrindo o orifício do dreno e avise imediatamente seu cirurgião. Nunca coloque de volta o dreno que saiu acidentalmente!

Drenagem linfática

A manipulação cirúrgica dos tecidos provoca alterações que predispõem à retenção de líquidos (inchaço) e, também, à formação de fibrose, que é o aparecimento de placas ou nódulos endurecidos abaixo da pele da região operada, devido à uma reação inflamatória/cicatricial exacerbada do organismo.

A drenagem linfática manual é uma forma específica de massagem realizada com movimentos rítmicos, lentos, suaves e precisos com o objetivo de estimular o funcionamento do sistema linfático, que são uma rede de vasos que drenam os fluidos presentes nos tecidos, direcionando-os para a corrente sanguínea.

A drenagem linfática é frequentemente indicada no pós-operatório de diferentes tipos de cirurgias plásticas. Manobras de drenagem suaves e superficiais são realizadas com o objetivo de diminuir o inchaço, ao passo que para a redução da fibrose exigem movimentos mais firmes.

Para que seja efetiva, é necessário que o profissional que realiza a drenagem linfática seja habilitado nessa técnica e entenda as especificidades da drenagem pós-operatória. A dra. Mariana Alcantara poderá indicar-lhe bons profissionais para a realização de sua drenagem com segurança e o momento ideal para iniciá-las.

DRA. MARIANA ALCANTARA

Cirurgiã Plástica

CRM-SP: 150504 | RQE: 65761

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